Porque estamos nos mobilizando...

PORQUE ESTAMOS NOS MOBILIZANDO...

Em estudo divulgado pela FECOAGRO/RS, dia 16/06/2010 no jornal Correio do Povo, pode-se observar que o setor agropecuário está sem renda.

O MILHO com custo de R$ 18,99 a saca está sendo comercializado por R$ 15,74, prejuízo de 16,58%, o preço de comercialização da SOJA está 30% menor do que em 2009, na época era comercializada a R$ 47,00 a saca de 60kg, hoje está custando R$ 33,00. A realidade de Santiago, que colheu 30 sacas por ha, dados da EMATER, apresentou déficit de 2,64 sacas, isso significa que faltou 2,64 sacas para cobrir o custo da lavoura. Com o TRIGO a situação é ainda pior, não existe comercialização, o custo é de R$ 33,01 e o preço de venda é de R$ 21,56, prejuízo de 35%. O ARROZ de 20 anos analisados teve prejuízo em 13.

Na pecuária os dados também assustam: no sistema de CRIA de 11 anos analisados 8 apresentaram prejuízo, RECRIA E ENGORDA no mesmo período se observou prejuízos em 7 anos e no sistema de CICLO COMPLETO o pior resultado, de 11 anos analisados em 10 teve prejuízo.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

Porque se instalou esta situação?

Já faz anos que os produtores rurais vêm enfrentando problemas que tem tolhido sua renda.
O clima e suas imprevisões geram insegurança para os produtores rurais, pois tanto na escassez como no excesso de chuvas, a produção acaba sendo prejudicada, este problema poderia ser facilmente resolvido com a criação de um seguro para as lavouras.
Outra questão é a dificuldade na comercialização e a falta de preço mínimo praticável, neste caso a solução é ter um preço mínimo para os produtos que remunere seus custos e que garanta renda para os produtores rurais poderem honrar seus compromissos, além disto é necessário que se garanta a comercialização da produção sem interferências externas.
O alto custo dos insumos, defensivos e do diesel, é outro fator importante neste contexto, que pode ser resolvido com a redução da carga tributária que é muito alta.
A verdade é que não existe uma política agrícola no Brasil e assim o setor "primeiro" fica a mercê do clima, do mercado e dos altos custos.
Toda a empresa quando define o valor de comercialização dos seus produtos observa seus custos e embute no preço final sua margem de lucro, assim fazem os vendedores de insumos, as indústrias, o comércio, etc. Somente o produtor rural parece não ter esse direito. Hoje o setor primário esta servindo como transferidor de renda para terceiros. Se está trabalhando de graça para o governo e para as multinacionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário